Nesta segunda-feira (18/8), a Universidade de Brasília (UnB) retomou as aulas, após quase um mês de recesso estudantil. Apesar do retorno dos estudantes, os servidores técnico-administrativos decidiram manter a greve, iniciada em março deste ano.
A paralisação completa cinco meses nesta quarta-feira (20/8) e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), segue sem previsão de encerramento. Em comunicado divulgado no último dia 13, a categoria reafirmou que a mobilização é por tempo indeterminado.
Entre as principais reivindicações está o pagamento de 26,05% referente à Unidade de Referência de Preços (URP), que compõe o salário dos servidores.
Mesmo com a greve, parte dos serviços segue funcionando, como o pagamento de bolsas, auxílios e benefícios; programas de assistência estudantil; repasse a prestadoras de serviços; laboratórios ligados à alimentação, plantas e animais; além da segurança da instituição.
Por outro lado, alguns setores estão sem atendimento. A Biblioteca Central da UnB (BCE), por exemplo, permanece fechada desde o início da paralisação. Nesse período, os prazos de devolução foram renovados, não há cobrança de multas e o site da biblioteca está em manutenção.
Com menos servidores em atividade, o processo de matrícula e rematrícula só começou junto com o início do semestre, nesta segunda. O resultado final sairá no dia 22 e o calendário oficial de matrículas termina apenas em 29 de agosto.
Na volta às aulas, a categoria organizou uma mobilização em frente ao Instituto Central de Ciências (ICC) Norte, no campus Darcy Ribeiro, com o objetivo de dialogar com estudantes e a comunidade acadêmica. O sindicato afirma que está aberto a negociações.
Em nota, a Reitoria disse reconhecer o direito de greve e informou que mantém conversas com instâncias como Supremo Tribunal Federal (STF), Advocacia-Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e parlamentares para tentar avançar nas discussões sobre a URP.
