Nesta quarta-feira (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se dirigiu à sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, enquanto aguarda uma nova decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as medidas cautelares que enfrenta. O líder conservador estava acompanhado de Jair Renan Bolsonaro (PL), vereador em Balneário Camboriú (SC).
Ao chegar ao local, o ex-presidente foi abordado por jornalistas, mas limitou-se a dizer que estava impedido de falar.
– Vocês sabem que eu não posso falar – declarou.
A frase reforça o clima de incerteza em torno das limitações impostas por Moraes, especialmente no que diz respeito ao uso de redes sociais e à possibilidade de Bolsonaro conceder entrevistas. O ministro afirmou, em despacho na última segunda (21), que a proibição se estende a qualquer transmissão, retransmissão ou veiculação de falas, áudios ou vídeos por terceiros em plataformas digitais.
Ainda na última segunda, Bolsonaro deu declarações – que foram registradas pela imprensa – após uma reunião com deputados de oposição. Nas falas, Bolsonaro apontou para a tornozeleira eletrônica que passou a usar desde a última sexta-feira (18), por ordem de Moraes, e classificou o momento como “um símbolo da máxima humilhação”.
Após o fato, o ministro Alexandre de Moraes pediu explicações da defesa do ex-presidente sobre o suposto descumprimento das medidas cautelares impostas por ele. Nesta terça (22), os advogados de Bolsonaro argumentaram que não houve violação das imposições judiciais ordenadas.
A visita de Bolsonaro à sede do partido nesta quarta também contou com a presença do senador Magno Malta (PL-ES), que conversou com a imprensa e fez críticas a Moraes, além de dizer que pretende orar com o ex-presidente.