Brasiliense morre após cair de prédio na Holanda

Foto: Reprodução

Nascida e criada em Planaltina-DF, Taiany Caroline Martins Matos, 32 anos, morreu após cair do 4º andar de um prédio na província de Breda, na Holanda, na manhã da última sexta-feira (3/1). O caso, no entanto, segue sem respostas e é investigado.

Antes da queda, testemunhas que estavam em um café próximo ao edifício ouviram gritos de socorro. Apenas o namorado da vítima estava no imóvel. A mulher, que é pedagoga, morava há seis anos na Bélgica e namorava há três com um holandês identificado como Edgard Van de Boom. O homem atua como gerente de vendas.

A polícia holandesa entrou em contato com a família de Caroline no último sábado (4/1), comunicando sobre a tragédia. Segundo os familiares, Taiany passou o Natal no Brasil, entre 14 de novembro a 27 de dezembro. Ela teria contado que desejava permanecer no Brasil. No entanto, o namorado pediu que ela voltasse para a Holanda.

A polícia da Holanda afirmou que não vai repassar informações, porque a investigação do caso ainda está em andamento. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) afirmou que acompanha o caso. As autoridades holandesas se restringiram a informar a família que a liberação do corpo ocorreria mediante o pagamento de sete mil euros (R$ 45 mil reais) para o translado do corpo.

De acordo com a família da brasiliense, o holandês foi frio quando ligou avisando sobre a morte de Caroline. Edgard teria, em um primeiro momento, se prontificado a arcar com os custos para o transporte do corpo da namorada, mas mudou de ideia. O holandês, então, se prontificou a doar 500 euros.

“A impressão que dá é que ele não quer que o corpo venha para o Brasil. Realmente não temos o valor necessário para arcar com todos os custos”, informou a irmã da vítima. Diante da dificuldade financeira, a família abriu uma vaquinha por meio do CPF: 07694330147 em nome de Cauã Martins de Oliveira.

O que diz o Itamaraty

“O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Amsterdã, acompanha o caso e permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da cidadã brasileira.

O atendimento consular prestado pelo governo brasileiro é feito a partir de contato do cidadão interessado ou, a depender do caso, de sua família. A atuação consular do Brasil pauta-se pela legislação internacional e nacional. Para saber o que uma repartição consular do Brasil pode ou não fazer, recomenda-se consulta à seguinte seção do Portal Consular do Itamaraty: https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/portal-consular/assistencia-consula.

Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais. O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.

Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.”

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