A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) recebeu, nesta terça-feira (13), um pedido de cassação do mandato do deputado distrital Daniel Donizet (MDB) por suposta quebra de decoro parlamentar. O documento cita uma série de episódios envolvendo o parlamentar, incluindo acusações de embriaguez ao volante e agressão.
Segundo o pedido, em junho de 2025, Donizet foi flagrado pela Polícia Militar do DF dirigindo com sinais de embriaguez no Riacho Fundo. Ele teria se recusado a fazer o teste do bafômetro e, ainda, tentado intimidar os policiais. Após o caso, declarou que retomaria um “tratamento psicológico”.
O documento também menciona um episódio de julho de 2023, no qual uma garota de programa afirmou ter sido agredida pelo deputado em um motel da capital. De acordo com a acusação, Donizet negou ter estado no local, mas imagens de câmeras e testemunhas comprovariam a passagem dele pelo estabelecimento.
Em nota, Daniel Donizet negou as acusações, afirmando que não é réu em nenhum dos casos mencionados e que as denúncias “carecem de comprovação”. O deputado afirmou ainda que está sendo vítima de uma “narrativa de condenação e execração públicas”, sem direito a defesa adequada.
Segundo a assessoria do parlamentar, Donizet segue afastado das atividades legislativas, com atestado médico de dois meses para tratamento de ansiedade e depressão. O afastamento deve terminar no próximo dia 28.
A CLDF informou que o pedido de cassação será submetido a análise jurídica antes de a Mesa Diretora decidir se o caso será encaminhado à Comissão de Ética. O MDB, partido de Donizet, abriu um processo ético-disciplinar após o episódio do bafômetro, mas ainda não definiu se aplicará punições ou se cogita expulsá-lo da sigla.
O caso reacende o debate sobre conduta e responsabilidade de parlamentares, e pode resultar em um dos julgamentos mais polêmicos da atual legislatura na CLDF.
