Em lei publicada nesta terça-feira (1º), o Distrito Federal proibiu a venda da substância bórax, como é conhecido o borato de sódio ou tetraborato de sódio, para crianças e adolescentes. O produto tem sido usado em receitas caseiras de slime, um brinquedo gelatinoso. No entanto, o manuseio apresenta risco de intoxicação, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
De acordo com a lei, de autoria do deputado distrital José Gomes (PSB), quem comercializa bórax “deve informar os consumidores [adultos], de forma clara e direta, sobre o risco do uso da substância por crianças e adolescentes”. O descumprimento dela pode ser considerado violação do Código de Defesa do Consumidor, passível de cobrança por danos.
Segundo a Anvisa, o bórax é um produto químico autorizado para produção de fertilizantes, produtos de limpeza e medicamentos. Nas receitas de slime ele serve para “ativar” a textura gelatinosa. No entanto, “se inalado ou ingerido, pode causar intoxicação”.
“O uso inadequado do bórax pode provocar náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com coloração azul/esverdeada, cianose (pele, unhas e lábios azulados ou acinzentados) e queda de pressão, perda da consciência e choque cardiovascular”, cita a agência reguladora.
Em 2018, a pergunta “como fazer slime” foi a mais acessada no Google, segundo levantamento divulgado pelo buscador. Circulam na internet diversas receitas caseiras para a produção, algumas delas citando bórax.
Especialistas afirmam que para brincar com mais segurança, o ideal é comprar o brinquedo pronto.