O caseiro Alain Reis Santana, 34 anos, que foi preso e depois solto na audiência de custódia, por ajudar a fuga de Lázaro Barbosa, em entrevista ao Correio Braziliense, disse que o maníaco estava bem e consciente. “É um homem que tem coragem de matar mesmo. De doido, ele não tem nada”.
O caseiro, mudou o rumo das investigações e da caçada por Lázaro e está colaborando com a polícia.
De acordo com a entrevista, Alain, chegou à fazenda de Elmi Caetano Evangelista, 74, (que ainda continua preso por ajudar na fuga e por porte ilegal de arma), dois dias depois da chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família, no Incra 9, em Ceilândia.
A primeira aparição do serial killer, para o caseiro teria sido em 18 de junho, 10 dias após a chacina no DF, no fim do expediente o funcionário se preparava para colocar a comida aos porcos, no curral, e, quando acendeu a luz, se deparou com Lázaro. “Ele estava em pé, encostado na parede, carregando o celular na tomada. Quando me viu, ele tirou o celular e saiu andando, mas não correu. Ele estava mancando e com a perna enfaixada, afirmou Alain.
Alain contou que Lázaro permaneceu na fazenda por, ao menos, cinco dias, tendo livre acesso às dependências da casa. Em outra situação, quando ele chegou para trabalhar, por volta das 5h30, encontrou dois copos sujos de leite e sentiu falta do pão que estava sobre a mesa. “Eu que lavo a louça, e no dia anterior tinha deixado tudo limpo.
Ameaça
Na quarta-feira, enquanto Alain estava em frente ao galinheiro da propriedade, sentiu a pressão de uma mão no ombro. “Olhei para trás e achei que era o meu patrão (Elmi), mas era ele, o Lázaro.”
Disse que sabia que eu morava no fundo da casa do pai dele, falou da minha família e deixou bem claro que se eu entregasse o esconderijo, iria matar eu, minha mulher e meus filhos. Depois, saiu”, detalhou.
Caçada
Nesta segunda-feira (28), completa 20 dias da caçada à Lázaro, e a polícia mudou o cerco, para o setor de mansões Itamaracá, em Águas Linda de Goiás.
Com informações do Correio