Em assembleia realizada nesta quinta-feira (27/3), professores da rede pública do Distrito Federal decidiram entrar em estado de greve. A medida, aprovada durante a primeira assembleia do ano da categoria, sinaliza a possibilidade de paralisação das atividades em um futuro próximo. No entanto, o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) ressalta que a decisão não exclui a abertura para negociações com o governo local.
A assembleia, que reuniu educadores no estacionamento entre a Torre de TV e o Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte), teve como objetivo central discutir as demandas da categoria. Entre as principais reivindicações, destaca-se o reajuste salarial de 19,8% e a reestruturação da carreira dos professores.
Enquanto os professores deliberavam sobre a greve, uma comissão do Sinpro-DF se reuniu com representantes das secretarias de Educação e Economia na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O encontro, articulado pelos deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Wellington Luiz (MDB), presidente da Casa, resultou na criação de uma “mesa de negociação” para discutir periodicamente a reestruturação da carreira.
“Esse primeiro encontro foi positivo e resultado de nossa mobilização. Saímos de lá com o compromisso do governo [local] de realmente colocar a Educação no Orçamento [do DF]”, afirmou a diretora do Sinpro Márcia Gilda.
A decisão pelo estado de greve, segundo o Sinpro-DF, faz parte das ações da campanha salarial deste ano.