Esquerda de olho em 2026, ataca BRB que bate recordes positivos

Foto: BRB/Divulgação

Na quarta-feira mais comum do ano, sem eleição à vista e sem campanha oficial nas ruas, surgiu um movimento curioso nos bastidores de Brasília. Grupos ligados à esquerda, com destaque para o sempre ativo Sindicato dos Bancários, decidiram que era hora de mirar no Banco de Brasília (BRB). Não por escândalo, não por prejuízo, não por má gestão. O motivo? O BRB está dando lucro.

Parece que o sucesso incomoda. O banco registrou crescimento na carteira de crédito, aumentou o crédito imobiliário em mais de 30%, e o crédito rural subiu quase 72%. A inadimplência permaneceu firme em 1,67%, bem abaixo da média do país. E ainda assim, ao invés de aplausos ou, ao menos, reconhecimento, choveram críticas — com cara de preocupação, mas com cheiro forte de disputa eleitoral antecipada.

Na mesma semana, o BRB anunciou a compra de parte do Banco Master. Estratégia? Sim. Expansão nacional? Também. Mas para alguns setores mais sensíveis a qualquer movimento que não parta da própria cartilha, isso soa como ameaça. O detalhe é que o Banco Master teve lucro de R$ 1 bilhão em 2024. E se o retorno sobre o patrimônio está em 28,5%, talvez não seja uma má ideia fazer negócio com quem sabe multiplicar cifras.

Mas o barulho não vem dos números. Vem da política. A compra de ações, o crescimento no crédito, a expansão dos ativos (que chegaram a R$ 55,4 bilhões), tudo isso vira munição para quem precisa manter vivo o discurso de que qualquer passo fora do próprio grupo político é um risco. Nem que esse risco seja o de fazer o banco público dar lucro.

O curioso é que, enquanto o BRB tenta sair do casulo e voar mais alto no cenário nacional, alguns preferem puxá-lo de volta para o palanque. O banco alcançou R$ 180 milhões de lucro líquido recorrente em nove meses. Um crescimento de mais de 58%. Mas tudo isso, aparentemente, é um problema. O verdadeiro risco fiscal, segundo essa lógica torta, seria o banco continuar crescendo — e não o contrário.

No fim das contas, o que está em jogo não é o balanço do BRB, mas o calendário eleitoral. Mesmo que 2026 ainda esteja longe, tem gente que já decidiu começar a campanha. E como não dá pra criticar o que está funcionando, “cria-se” um problema.

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