Nesta sexta-feira (12/12), o Exército Brasileiro concluiu o processo administrativo contra o soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos, suspeito de matar a cabo Maria de Lourdes Santos e incendiar o corpo dela dentro de um quartel em Brasília. A corporação decidiu excluí-lo “a bem da disciplina”.
O Batalhão de Polícia do Exército, onde Kelvin está preso desde 5/12, foi comunicado da decisão. Ele cumpre prisão preventiva e deve ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda nos próximos dias. A exclusão foi encaminhada à Vara de Execuções Penais e à Justiça Militar, com pedido de autorização para o envio do ex-militar ao sistema prisional comum. Segundo o TJDFT, ainda não há decisão sobre o ingresso dele na Papuda.
O caso
Kelvin Barros confessou ter matado a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos, no dia 5/12, dentro do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), no Setor Militar Urbano. A militar foi vista pela última vez na fanfarra do quartel, ao lado do soldado, que desapareceu após o crime.
Localizado posteriormente, Kelvin admitiu a autoria. Disse que teria discutido com a vítima, com quem, segundo ele, mantinha uma relação extraconjugal — versão negada pela família de Maria de Lourdes. Ele afirmou que a cabo teria sacado uma arma e o ameaçado, e que a teria esfaqueado ao tentar desarmá-la, alegando “legítima defesa”.
O ex-soldado também confessou que, após o crime, usou álcool e um isqueiro para atear fogo no local, alegando ter agido por “medo” e “desespero”. Depois, fugiu, mas foi preso em flagrante horas mais tarde.









