O funcionário da churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto, foi alvejado no rosto após uma discussão envolvendo o candidato a deputado distrital do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Rubens de Araújo Lima, conhecido como Rubão. O caso ocorreu no início da tarde deste sábado (27/8).
A vítima, Raimundo Eduardo Pereira Silva, 29 anos, levou um tiro no rosto e foi socorrida em estado grave para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). O autor do disparo foi identificado como Marco Antônio Leal da Silva, e acompanhava o candidato no momento em que tudo ocorreu. Segundo familiares, a vítima está internada, mas com o quadro de saúde considerado estável.
De acordo com testemunhas que estavam no local, Rubão distribuía flyers de campanha com o som do carro ligado. Moradores e clientes do restaurante teriam passado a reclamar do barulho. O funcionário da churrascaria se dirigiu ao candidato, pedindo que ele abaixasse o som. A partir de então, iniciou-se uma briga e um dos apoiadores do candidato foi ao carro, pegou uma pistola e efetuou um disparo, no rosto do trabalhador.

Marco Antônio Leal da Silva é ex-sargento do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF). Ele respondeu a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e foi expulso da corporação em 2005 por tentar matar um oficial.

Após o crime de sábado, ele fugiu o local. Equipes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) seguem na procura do agressor.
‘Legítima defesa’
Ao portal Metrópoles o candidato do PTB à Câmara Legislativa do DF se pronunciou e disse que lamenta o ocorrido. “Eu estava em uma via pública panfletando e colocando algumas falas sobre minhas bandeiras e projetos com um auxiliar. Pedi que ele fosse almoçar no referido restaurante. Quando ele regressou, pedi que ele ficasse no carro que eu iria almoçar em minha casa. Antes que eu terminasse, ele me ligou pedindo que eu regressasse urgente, pois haviam desligado e estavam querendo quebrar o som”, explicou.
Rubão disse, ainda, que voltou ao local e foi agredido por cinco rapazes. “Vários jovens vieram em minha direção, e novamente desligaram o som do carro, jogaram o conversor da bateria no chão e me agrediram com socos e pontapés. Nesse momento, o amigo vendo que eu estava sendo agredido covardemente por 5 jovens, em legítima defesa de terceiros efetuou o disparo”, defendeu-se.