O governo federal recusou a principal reivindicação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que pedia equiparação salarial com a Polícia Federal (PF). Em uma reunião de negociação realizada nesta sexta-feira (22), o Ministério da Gestão e Inovação apresentou uma contraproposta de 18% de aumento, a ser pago em duas parcelas, uma em 2025 e outra em 2026.
A decisão foi recebida com frustração e insatisfação pelos sindicatos que representam a categoria. “O resultado está longe de ser satisfatório. Foi frustrante”, declarou Enoque Venancio de Freitas, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF). Para a presidente do Sindicato dos Delegados (Sindepo-DF), Cláudia Alcântara, a decisão foi “política, e não técnica”, afirmando que o índice apresentado foi muito abaixo do esperado.
A reunião ocorreu no mesmo dia em que centenas de policiais civis realizaram uma manifestação em frente ao ministério, na Esplanada, para pressionar por um reajuste salarial.
A proposta de 18% será agora levada pelos sindicatos para a avaliação dos policiais em uma assembleia geral, ainda sem data marcada. A liderança sindical se reunirá na próxima segunda-feira (25) para debater a oferta antes de apresentá-la à categoria.
A negociação salarial se arrasta desde o início do ano. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já havia apoiado a proposta de equiparação e a encaminhado ao governo federal, que é o responsável pelo pagamento dos salários das forças de segurança da capital por meio do Fundo Constitucional do DF.
