O governo federal apresentou nesta sexta-feira (05/09), em reunião no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), uma nova proposta de reajuste de 24% para a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). A sugestão será analisada pelas corporações.
Pelo desenho apresentado, o aumento seria pago em duas parcelas de 12%: a primeira na folha de setembro (quitada em outubro) e a segunda na folha de abril de 2026. A reivindicação inicial de equiparação com a Polícia Federal (PF) não entrou no acordo.
A reunião contou com representantes das forças de segurança, o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, além da deputada federal Érica Kokay (PT) e da senadora Leila do Vôlei (PDT).
Na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o deputado Hermeto (MDB), que representa a PMDF, afirmou que as forças de segurança atuam de forma unificada pela recomposição. “Fico feliz que a recomposição ocorra com equidade entre as forças de segurança do DF e aguardo ansiosamente a recomposição”, disse.
Mais cedo, também nesta sexta-feira (05/09), o governo apresentou proposta de 24,3% para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), após a rejeição anterior de 18,9%. Enquanto a reunião ocorria no MGI, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) realizou uma Assembleia Geral Extraordinária do lado de fora. A categoria ainda vai deliberar em novo encontro.
As articulações em torno do tema têm sido descritas como “fóruns de diálogo”, com a participação de diferentes atores políticos, citados pelos envolvidos, como José Dirceu, Gleisi Hoffmann e a ministra Esther Dweck (MGI), além dos distritais Wellington Luiz (MDB), Hermeto (MDB), Roosevelt (PL) e Doutora Jane (MDB).
Na terça-feira (02/09), o presidente da CLDF, Wellington Luiz, e o líder do governo na Casa, Hermeto, pediram apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) para destravar o acordo. Segundo eles, o Governo do DF (GDF) já manifestou favoravelmente à recomposição, e a expectativa é de avanço nas tratativas com a União.