Homem deixava mãe idosa em meio a fezes e sangue para ficar com herança no DF

Foto: Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na manhã desta terça-feira (29), um homem de 54 anos acusado de violentar física, psicológica e patrimonialmente sua mãe, uma idosa de 75 anos. A prisão, que ocorreu na Asa Sul, faz parte da “Operação Curare”, deflagrada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN).

O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo 1º Juizado de Violência Doméstica de Brasília. Além do cumprimento do mandado, o homem foi autuado em flagrante.

A investigação começou a partir de uma denúncia feita por um bombeiro militar que atendeu a avó do suspeito – mãe da vítima – que faleceu em maio deste ano, aos 99 anos. As apurações da DECRIN revelaram provas contundentes de que o agressor maltratava a mãe, que vivia em condições precárias e desumanas de higiene.

No dia da operação, a idosa foi encontrada em situação de abandono, sem alimentação adequada ou medicação, em um ambiente insalubre. A casa apresentava fezes de animais e sangue espalhado, proveniente de um corte profundo cuja origem ainda é desconhecida. Os policiais civis relataram um forte odor de urina e fezes no apartamento, que não tinha suprimentos alimentares, inclusive na geladeira.

A vítima, diagnosticada com Alzheimer em estágio avançado, não recebia os medicamentos prescritos, apesar das claras recomendações médicas. No local, foram encontrados mais de R$ 100 mil em dinheiro. Foi constatado ainda que o homem se apropriava da herança deixada pela avó, falecida recentemente.

O agressor foi autuado em flagrante pelos crimes de omissão de socorro, abandono, exposição a perigo e apropriação de proventos de pessoa idosa e também pelo crime previsto no art. 135 do Código Penal. Todos os delitos foram cometidos em contexto de violência doméstica. Caso condenado, o investigado poderá cumprir pena de até 13 anos e 6 meses de reclusão apenas nesta investigação.

As investigações prosseguem para apurar as condutas do autor também em relação à sua avó.

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