O Tribunal do Júri condenou Walfredo Romano Alves Junior, 52 anos, a 17 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de Hernando Antônio da Silva, 36. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.
O crime aconteceu em fevereiro de 2024, durante um churrasco na casa de Walfredo, na QR 6 do Arapoanga, em Planaltina (DF). De acordo com as investigações, os dois começaram a discutir, inicialmente por política e por questões envolvendo lotes na região. Em meio ao desentendimento, Walfredo teria usado uma espingarda calibre 12 para atirar em Hernando. Quando policiais militares chegaram ao local, o autor já havia fugido de carro. A arma não foi encontrada.
Testemunhas relataram que Hernando morava havia pouco tempo na região e estava acompanhado da namorada no dia do churrasco. Após ser preso, Walfredo afirmou que mantinha a arma em casa para defesa pessoal, por sofrer assaltos na chácara onde vive. Ele alegou à polícia que o disparo teria sido acidental e que a vítima parecia estar armada. No interrogatório judicial, também declarou que Hernando seria grileiro e que a briga não teria relação com lotes, mas sim com ameaças que teriam ocorrido após a vítima voltar “descontrolada” do banheiro.
Durante o processo, a defesa tentou retirar o dolo do crime, pediu a desclassificação do homicídio e solicitou o reconhecimento do privilégio por violenta emoção. Com base nos antecedentes, na culpabilidade e nas circunstâncias do caso, a pena-base poderia chegar a 19 anos e 6 meses, mas a confissão reduziu a pena em dois anos.

Hernando, que trabalhava como operador de máquinas pesadas, deixou uma filha adolescente. Ele morava em uma chácara no Altiplano Leste, no Paranoá.










