Na noite desta quinta-feira (10/4), em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, policiais legislativos federais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal tiveram que utilizar agentes químicos para conter um grupo de indígenas que participava da marcha do Acampamento Terra Livre.
Segundo informações da assessoria da Câmara dos Deputados, a ação foi necessária para impedir que os manifestantes entrassem no prédio do Congresso. No entanto, representantes do Acampamento Terra Livre questionam essa versão, afirmando que os participantes da marcha não teriam ultrapassado o perímetro previamente acordado com as autoridades.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) prestou atendimento a duas mulheres que apresentaram mal súbito durante a confusão. Em nota, a corporação informou que ambas estavam conscientes, orientadas e estáveis, sendo que uma delas foi encaminhada para a UPA de São Sebastião e a outra para o IHBDF.
Além das duas manifestantes, a deputada federal Célia Xakriabá (Psol-MG) também passou mal após inalar gás lacrimogêneo lançado pelas forças de segurança. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra a parlamentar visivelmente afetada pelo gás, repetindo insistentemente que era deputada federal, enquanto sua passagem de volta ao Congresso era impedida.
A assessoria da Câmara dos Deputados declarou que a atuação dos policiais legislativos ocorreu devido ao avanço de parte dos cerca de 5 mil manifestantes indígenas, que teriam ultrapassado o limite estabelecido na Avenida José Sarney, anterior à Avenida das Bandeiras, próxima ao gramado do Congresso. A Câmara informou ainda que a situação foi controlada e o policiamento nas duas Casas Legislativas foi reforçado.