PCDF prende líder religioso suspeito de abusos em rituais espirituais no DF

Fotos: Divulgação/PCDF

Na manhã de quarta-feira (24/12), em Brasília (DF), um líder religioso de 49 anos foi preso após denúncias de que teria abusado sexualmente de mulheres durante supostos rituais de “purificação espiritual” em sua instituição de fé.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a ação fez parte da Operação Fé Violada, deflagrada pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), na Asa Sul, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra o investigado. Morador do Guará, ele é apontado como responsável por uma série de abusos praticados contra frequentadoras de sua comunidade religiosa.

As investigações indicam que o homem se valia da posição de liderança espiritual para conquistar a confiança das vítimas. Em depoimentos, mulheres relataram que os abusos ocorriam durante cerimônias nas quais o religioso dizia incorporar entidades e conduzir rituais de “lavagem” e “cura espiritual”. Sob esse pretexto, ele realizava toques indesejados e invasivos, sempre revestidos de um discurso religioso que buscava legitimar a violência.

Os relatos mostram que a violência era gradual: começava com aproximações aparentemente inofensivas, evoluía para contatos físicos cada vez mais invasivos e gerava um ambiente de medo, culpa e constrangimento. A PCDF apura que o investigado manipulava emocionalmente as mulheres, explorando a fé, a fragilidade e a confiança construídas ao longo do convívio religioso para manter o silêncio das vítimas e dar aparência de normalidade aos “rituais”.

A Operação Fé Violada teve como objetivos imediatos retirar o suspeito de circulação e ampliar o conjunto de provas, inclusive com a apreensão de materiais que possam comprovar o padrão de atuação e ajudar a identificar novas vítimas. O trabalho da Deam I se baseia em múltiplos depoimentos e na análise de elementos reunidos ao longo do inquérito.

A delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), Adriana Romana, informou que a imagem do investigado será divulgada justamente para encorajar outras possíveis vítimas a procurar ajuda. Mulheres que tenham passado por situações semelhantes podem registrar ocorrência na própria Deam I, em qualquer outra unidade policial ou pela delegacia eletrônica. Denúncias também podem ser feitas pelo telefone 197, com garantia de sigilo.

A delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), Adriana Romana, informou que a imagem do investigado será divulgada justamente para encorajar outras possíveis vítimas a procurar ajuda. Mulheres que tenham passado por situações semelhantes podem registrar ocorrência na própria Deam I, em qualquer outra unidade policial ou pela delegacia eletrônica. Denúncias também podem ser feitas pelo telefone 197, com garantia de sigilo.

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