A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando um grave caso de maus-tratos contra um menino de 8 anos, que teria sido agredido pela madrasta em Ceilândia. A denúncia aponta que a mulher queimava o garoto nas nádegas com um garfo quente.
O caso está sendo apurado pela 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) e veio à tona após a direção da escola onde o menino estuda notar uma mudança em seu comportamento e, posteriormente, descobrir as lesões. Educadores registraram um boletim de ocorrência na quarta-feira (13).
Segundo o delegado-chefe Fernando Fernandes, o menino confirmou ter sido agredido pela madrasta, que era a responsável por cuidar dele enquanto o pai, de 33 anos, estava trabalhando. O menino tem outros seis irmãos e todos ficam sob os cuidados da mulher.
O delegado classificou o caso como “muito grave” e afirmou que a criança apresentava sinais de tortura. O menino foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para exame de corpo de delito.
O Conselho Tutelar entregou a custódia da criança para a mãe biológica, que afirmou nunca ter notado machucados na criança. Ela não via o filho desde março, e relatou à polícia que o pai impedia o contato, alegando que o garoto estava sempre doente. A mulher solicitou medidas protetivas com base na Lei Henry Borel para garantir a segurança da criança durante as investigações.
A PCDF intimou a madrasta para prestar depoimento na tarde desta quinta-feira (14). O pai do menino já foi ouvido e alegou que não percebeu as lesões, pois passa o dia trabalhando fora de casa.
Até o momento, ninguém foi preso.