Na manhã desta segunda-feira (2/6), professores da rede pública do Distrito Federal iniciaram uma greve por tempo indeterminado. A paralisação acontece mesmo após a Justiça ter determinado multa diária de R$ 1 milhão e corte de ponto para os profissionais que aderirem ao movimento.
Segundo o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), o motivo da mobilização é o não cumprimento de acordos firmados anteriormente com o governo local, inclusive aqueles registrados em instâncias judiciais. A pauta da categoria inclui o reajuste de 19,8%, previsto na campanha “Meta 17”, e a reestruturação da carreira. Também está entre as reivindicações a nomeação dos aprovados no último concurso para reduzir o déficit de docentes efetivos.
A decisão judicial que estabelece as penalidades foi proferida no sábado (31/5). Nela, a desembargadora Lucimere Maria da Silva manteve os efeitos da liminar anterior, que obriga o funcionamento total das escolas e prevê medidas como bloqueio de repasses ao sindicato em caso de descumprimento. O pedido do Sinpro para reverter a decisão foi negado.
O Governo do Distrito Federal informou que o atual cenário fiscal impede novos reajustes. Em nota, destacou que o movimento prejudica um serviço essencial, principalmente pelo impacto direto sobre alunos. A Secretaria de Educação, por sua vez, apresentou iniciativas realizadas nos últimos anos, como aumentos salariais, revisão de gratificações e nomeações.