Mulher tenta matar marido envenenado com brigadeiro no DF

Foto: Pixabay

Neste domingo (27/7), uma manicure de 34 anos procurou espontaneamente a 35ª Delegacia de Polícia para confessar que tentou matar o marido, um cabo da Força Aérea Brasileira (FAB), de 36 anos, ao misturar veneno de rato em dois brigadeiros. O caso aconteceu em Sobradinho II, no Distrito Federal.

Segundo depoimento prestado à Polícia Civil (PCDF), a mulher contou que comprou o veneno, conhecido como “chumbinho”  em uma feira da região, alegando aos vendedores que seria usado para controle de pragas. Depois, passou por uma padaria, comprou os doces e, de volta ao salão onde trabalha, manipulou dois brigadeiros misturando a substância tóxica à massa.

Ao chegar em casa, entregou os brigadeiros ao companheiro, que comeu um deles. No entanto, antes que ele ingerisse o segundo, ela se arrependeu e impediu que o fizesse. Minutos depois, enquanto ele se preparava para sair, a mulher revelou que havia envenenado o doce e pediu que ele buscasse atendimento médico.

Histórico conturbado

O relacionamento entre o casal já somava mais de 13 anos, mas, segundo a própria autora, era marcado por agressões, consumo excessivo de álcool por parte do companheiro, e um comportamento controlador. Eles têm dois filhos, de 11 e 5 anos, além da filha mais velha da mulher, de 18 anos, fruto de outro relacionamento.

No passado, o casal chegou a se separar por nove meses após a manicure registrar uma denúncia contra o marido por suposto assédio à sua filha, que tinha 16 anos na época. A investigação foi arquivada, e, com o tempo, a família voltou a conviver sob o mesmo teto.

Contudo, a adolescente teria feito um novo relato à mãe, dizendo que o padrasto continuava com comportamentos inapropriados, pedindo atenção e contato físico quando a mãe não estava em casa. A jovem contou que nunca cedeu às investidas, mas que o padrasto a presenteava com o intuito de obter afeto. Quando rejeitado, ele se tornava ríspido com ela e com a mãe.

Abalada, a manicure resolveu cometer o crime. Após ver o companheiro comer o primeiro doce e começar a passar mal, confessou a ação e o aconselhou a buscar atendimento.

O cabo da FAB foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu cuidados médicos. A profissional de saúde que o atendeu afirmou que a dose de veneno não foi suficiente para causar a morte. Após ser medicado, ele foi liberado.

Surpreendentemente, o militar assinou um termo de renúncia à representação criminal contra a esposa. Ele relatou à polícia que sempre foi acusado de assédio quando tentava se aproximar da enteada e criticado quando se afastava, dizendo viver uma “sinuca de bico” emocional na convivência familiar. Ainda sobre o caso anterior arquivado, disse que apenas havia dado um beijo no rosto da adolescente e tocado nela sem conotação sexual.

A Polícia Civil instaurou um novo inquérito para apurar a denúncia de importunação sexual feita pela filha da manicure. A jovem, atualmente com 18 anos, havia saído de casa após o episódio anterior, mas voltou a residir com a família após sofrer agressões do ex-namorado.

Já a tentativa de homicídio relatada pela mãe será apurada em paralelo. Apesar do arrependimento demonstrado e da confissão espontânea, a mulher poderá responder criminalmente pelos atos, conforme prevê a legislação penal.

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