Uma operação deflagrada nesta terça-feira (18/11) desmontou um esquema interestadual de furto, adulteração e revenda de motocicletas que ligava o Distrito Federal a cidades do interior da Bahia. A investigação apontou que dezenas de motos eram furtadas, tinham sinais identificadores alterados e eram revendidas ilegalmente em outros estados.
A ofensiva foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que identificou a atuação do grupo em regiões como Recanto das Emas, Ceilândia, Taguatinga, Gama, Riacho Fundo, Santa Maria e SIA. As motocicletas, em sua maioria modelos de uso popular, eram levadas para pontos clandestinos, onde tinham placas, chassis e outros sinais de identificação adulterados antes de serem enviadas para fora do DF.
Segundo a PCDF, o núcleo da organização funcionava no Distrito Federal, enquanto ramificações em Guarulhos (SP) e Valparaíso (GO) eram responsáveis pela falsificação de documentos, como CRLVs e pesquisas veiculares irregulares. Na Bahia, receptadores atuavam em cidades como Correntina, Carinhanha e Santa Maria da Vitória, recebendo as motos adulteradas e colocando os veículos em circulação.
A operação cumpriu 14 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em endereços no DF, Goiás, São Paulo e Bahia. Foram apreendidas motocicletas adulteradas, placas falsas, documentos fraudados, celulares e outros materiais usados na prática dos crimes, além de comprovantes de movimentações financeiras ligadas ao esquema.
As investigações apontam que cerca de 150 motocicletas foram furtadas e adulteradas ao longo do período apurado, atingindo principalmente trabalhadores que dependem do veículo para atuar como motofretistas e entregadores. A quebra de sigilos bancário e telemático revelou movimentação superior a R$ 1,1 milhão, com uso de “laranjas” e pulverização de depósitos, o que caracteriza lavagem de dinheiro.







