Operação da PCDF mira servidores do Detran suspeitos de liberar documentos mediante pagamento

Foto: Divulgação/PCDF

Uma operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (06/11) para apurar um esquema de fraudes envolvendo a transferência de veículos no Distrito Federal. Mandados de busca foram cumpridos em diversos endereços comerciais e residenciais ligados a servidores e empresas do ramo automotivo.

A ação foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), após cerca de um ano de investigação. O trabalho recebeu o nome de Operação Wrong Way, referência ao desvio de conduta e à quebra de protocolos legais dentro do serviço público.

Segundo a apuração, dois servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) teriam emitido Autorizações de Transferência de Propriedade de Veículo (ATPV-e) de forma irregular. Cada liberação custaria, em média, R$ 150 pagos por empresas que atuavam como despachantes informais. O esquema facilitava a transferência de carros usados sem que o comprador precisasse comparecer ao órgão.

Ao longo dos últimos quatro anos, centenas de documentos teriam sido emitidos dessa forma. A investigação aponta ainda que ao menos 36 empresários se beneficiaram do esquema. No total, 45 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em regiões como Cidade do Automóvel, Águas Claras, Vicente Pires, Santa Maria, Ceilândia, São Sebastião, além de endereços em Águas Lindas e Pedregal, no Entorno do DF. Cerca de 120 policiais participaram da operação.

Além de documentos e computadores apreendidos, os investigadores identificaram movimentações bancárias incompatíveis com a renda dos servidores e tentativas de ocultação dos valores recebidos. Em alguns casos, o montante movimentado superava em mais de dez vezes o salário mensal.

Na primeira fase da operação, deflagrada em março deste ano, processos de transferência foram encontrados fora do ambiente institucional, o que motivou o afastamento dos suspeitos das atividades operacionais. Agora, a nova etapa busca consolidar provas financeiras e digitais para responsabilização dos envolvidos.

A investigação segue em andamento.

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