Personal que espancou sem-teto defende esposa nas redes sociais

Fotos: Reprodução

Nesta quarta feira (16/3), o personal trainer Eduardo Alves de 31 anos, que é acusado de agredir um morador de rua após um provável flagrante de traição com a esposa dele (Sandra Mara Fernandes, de 33 anos), sem dar maiores detalhes, divulgou um vídeo onde afirma que a esposa se encontra sob cuidados médicos num hospital público e reforça que ela foi vítima de violência sexual.

“Estão gerando um conteúdo ofensivo contra a honra da minha esposa, que sofreu violência sexual aqui na cidade de Planaltina (DF) por um morador de rua, e diante disso vejo que os fatos têm sido transmitidos de maneira errônea por ambas as partes, sendo que no momento deveriam estar preocupados com a saúde dela, já que a mesma se encontra internada”, diz o personal na gravação, que acrescenta que a família toda tem sofrido com a repercussão de tudo o que aconteceu.

Momentos antes de ser encontrada dentro do próprio carro com o pedinte ainda não identificado, Sandra participava, ao lado da sogra, de uma ação de caridade promovida pela igreja evangélica que elas frequentam. Em alguns registros feitos, a esposa do personal trainer aparece entregando uma Bíblia ao mesmo homem, que em seguida se ajoelha aos seus pés. Uma interação maior entre os dois teria acontecido em seguida, pouco antes de nora e sogra se separarem, segundo a própria vendedora narra. Como ela demorou a dar notícias, horas depois Eduardo saiu pelas ruas em busca da esposa na área onde mais cedo ela havia ido com a mãe. Foi quando encontrou o carro estacionado.

Nos últimos dias, foi vazado um trecho de um depoimento dado por Sandra sobre o que aconteceu naquela noite. O áudio foi confirmado pelo O Globo.

Em certo momento, a mulher afirma que enxergou o morador de rua como Eduardo (o marido) e ainda como Deus e que aquilo a deixou com o coração apertado.

“Às vezes eu enxergava ele como Deus e as vezes eu enxergava ele como o Eduardo”, diz a mulher na gravação.

Durante o depoimento, ela afirma ainda que sentiu que aquele era seu propósito e conta que disse à própria sogra para deixá-la “receber seu propósito”. Ela narra ainda que chegou a beijar o morador de rua na frente da mãe de Eduardo, que a repreendeu, mesmo após o homem, ainda segundo ela, ter feito um gesto de balançar as partes íntimas na frente delas e de sua filha pequena, que ela diz que estava no local. Em seguida, dentro do carro, o homem teria proposto de encontrá-la na rodoviária do bairro para que eles “ficassem juntos”, e ela disse que “olhando para ele”, confirmou que iria.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso em sigilo.

O secretário da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Gabriel Elias, afirmou que o parlamento acompanha o desenrolar das investigações acerca do caso, assim como a situação do morador de rua que, para ele, se torna ainda mais vulnerável nas ruas com a repercussão do caso. A CDH já solicitou informações à Polícia Civil sobre a ocorrência do último dia 10.

plugins premium WordPress
Políticas de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.