Em assembleia realizada nesta quarta-feira (3), o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) rejeitou a proposta do governo federal de reajuste salarial de 18,9%. Cerca de 1,3 mil policiais se reuniram no Teatro Unip, na 913 Sul, e foram unânimes em sua decisão, reforçando a luta pela paridade salarial com a Polícia Federal (PF).
A diferença salarial entre as duas corporações é grande, chegando a R$ 7 mil para cargos de delegado/perito especial da primeira classe, o que representa a maior discrepância entre as carreiras. O Sindicato defende que o reajuste proposto pelo Governo do Distrito Federal (GDF) seja aprovado, já que a verba para o aumento já foi garantida.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) esteve presente na assembleia e se comprometeu a buscar uma nova reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) até a próxima sexta-feira (5). Além dela, os deputados distritais Rafael Prudente e Wellington Luiz, ambos do MDB, e a senadora Leila Barros (PDT-DF) também compareceram.
O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), tem demonstrado apoio à causa dos policiais. Recentemente, ele afirmou que, se for para beneficiar as forças de segurança do Distrito Federal, irá pessoalmente se encontrar com o presidente Lula. A negociação salarial da PCDF também está sendo mediada por deputados distritais, federais e o ex-ministro José Dirceu.
A proposta do GDF prevê que o reajuste seja pago em duas parcelas, em setembro de 2025 e maio de 2026. Em abril, o governo do DF já havia enviado ao MGI os dados sobre a projeção de receitas e despesas das forças de segurança, que estão sendo analisadas pelo Ministério.
