Na segunda-feira (24), uma família procurou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para denunciar um caso de incitação ao crime e discriminação racial ocorrido dentro do Centro Educacional (CED) 4 do Guará.
A denúncia foi feita pela tia de uma aluna de 14 anos, que relatou ter ouvido de sua sobrinha que um professor de geografia do 6º ano do ensino fundamental teria afirmado em sala de aula que seria necessário um novo governo para eliminar metade da população negra do país, alegando que negros deveriam morrer. A aluna teria chorado durante a aula após ouvir o comentário.
Indignada com a situação, a tia da estudante procurou a coordenação da escola, que informou que apuraria a denúncia. Dias depois, a mulher se reuniu com o diretor do Centro Educacional, que confirmou a veracidade do episódio, relatando que outros colegas de turma da aluna também teriam ouvido a mesma fala do professor. O educador negou todas as acusações feitas.
A tia da estudante questionou a direção da escola sobre as providências que seriam tomadas em relação ao professor e se haveria algum trabalho de combate ao racismo na comunidade escolar. Segundo ela, a escola não tomou providências imediatas e a aluna estaria muito triste com o ocorrido.
A Secretaria de Educação do DF informou que determinou o afastamento preventivo do professor envolvido pelo prazo de 60 dias. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF desta quarta-feira (26). A pasta também informou que a Corregedoria já instaurou procedimento para apuração dos fatos e que acompanha de perto as investigações.
“A Corregedoria já instaurou procedimento para apuração dos fatos, seguindo os trâmites legais. A pasta acompanha de perto as investigações e reafirma seu compromisso com um ambiente escolar seguro e respeitoso. Por fim, repudia veementemente qualquer manifestação de racismo e não tolera discriminação em sua rede de ensino”, declarou a secretaria.
