Na última terça-feira (11/2), o ex-interventor federal na segurança do Distrito Federal e atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli se colocou no centro de uma polêmica após a realização de um evento no Clube do Choro. A comemoração de seu aniversário, intitulada “Sambão do Cappelli”, teria características de uma campanha eleitoral antecipada.
O evento, que reuniu cerca de 1500 pessoas, ofereceu entrada gratuita, bebidas e apresentações de artistas e bandas. A gratuidade e a ampla divulgação do evento, especialmente em um momento próximo ao período eleitoral, levantaram questionamentos sobre a natureza política da festa.
A legislação eleitoral brasileira proíbe a realização de campanha eleitoral antes do período oficialmente estabelecido. A oferta de benefícios como os oferecidos no “Sambão do Cappelli” pode ser interpretada como uma tentativa de angariar votos e, portanto, configura abuso de poder econômico.
Embora não haja informações oficiais sobre os custos do evento e sua fonte de financiamento, a realização de uma festa desse porte, em um período próximo ao período eleitoral, por um agente público, levanta suspeitas sobre o uso de recursos públicos ou de alguma outra fonte irregular para a sua realização.
Em setembro de 2024, Cappelli oficializou a pré-candidatura ao Governo do Distrito Federal pelo PSB.
A prática de campanha antecipada, se comprovada, pode resultar em sanções eleitorais, como a inelegibilidade do candidato. As autoridades eleitorais, como o Ministério Público Eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), têm a responsabilidade de investigar o caso e apurar as responsabilidades.