O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quarta-feira (11/1) maioria para manter o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), bem como a prisão do ex-ministro, Anderson Torres. As medidas são decorrência da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8/1).
Votaram por manter as medidas cautelares os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso.
Após investigações comandadas pelo interventor federal da Segurança Pública do DF, Ricardo Capelli, evidencia-se que o governador do Distrito Federal, pode ter sido vítima de uma possível sabotagem, orquestradas pelos seus próprios auxiliares, responsáveis pelo sistema de Segurança Pública. “Após o Anderson Torres ter assumido a secretaria, ele exonerou boa parte do comando, e viajou aos Estados Unidos sem estar de férias, uma vez que, segundo o Diário Oficial do DF, suas férias teriam início no dia 9, após o ocorrido”, disse o interventor.
Foi baseada nesses elementos, que o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto, que já se encontra recolhido, além de decretar a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, e ex-ministro da justiça, Anderson Torres, que deve se apresentar para cumprir a decisão da justiça.
A Polícia Federal informou ainda não ter conhecimento sobre quando Torres chegará ao Brasil. Ele deve ser preso ainda no aeroporto. Nesta quarta-feira (11), uma pane no sistema aéreo provocou o cancelamento de todos os voos nos EUA, o que pode ter prejudicado o retorno do ex-secretário, disse o delegado da PF responsável pelo caso, Rodrigo Teixeira, em entrevista coletiva.