Uma operação conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a Polícia Civil do DF e a Polícia Civil da Bahia resultou na prisão de um homem acusado de feminicídio. Gilberto Conceição de Assis, de 33 anos, foi encontrado na cidade de Senhor do Bonfim, interior da Bahia, onde vivia desde que deixou o Distrito Federal, em 2016.
A prisão ocorreu após acompanhamento da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios da SSP-DF. O nome de Gilberto estava prestes a ser incluído no Sistema de Recompensas do Distrito Federal, quando as equipes conseguiram localizar o suspeito.
O crime aconteceu em novembro de 2016, na região da Estrutural. A vítima, de 48 anos, foi encontrada morta dentro da casa onde vivia. O suspeito, companheiro dela na época, fugiu logo após o crime. O inquérito foi conduzido pela 8ª Delegacia de Polícia, que conseguiu identificar o autor e descobriu seu vínculo com o estado da Bahia.
A Justiça decretou a prisão preventiva em 2018, mas o acusado permaneceu foragido. Em maio deste ano, a 8ª DP renovou as diligências após ser informada de que o caso seria incluído no sistema de recompensas. Durante as novas buscas, foi localizado um endereço vinculado à família do suspeito no interior da Bahia. A operação que levou à captura foi coordenada por um delegado da PCBA. No momento da abordagem, Gilberto confirmou de forma informal sua autoria.
A SSP-DF destaca a importância do monitoramento contínuo de casos de feminicídio e da integração entre forças de segurança dos estados. A delegada responsável reforçou que esse tipo de articulação permite reabrir investigações com novos caminhos e também colabora com a identificação de pessoas em outras situações, como no caso de cadáveres sem identificação.
O Sistema de Recompensas do DF prevê pagamento de valores a quem fornecer informações úteis à prisão de autores de crimes graves. A lei distrital que regula o programa estabelece que as denúncias sejam mantidas sob sigilo. Os valores oferecidos chegam a R$ 5 mil por informação que leve à prisão de autores de feminicídios registrados em anos anteriores.
A população pode ajudar por meio de canais de denúncia como o telefone 197, WhatsApp, e-mail ou presencialmente em qualquer delegacia da Polícia Civil. A colaboração é considerada fundamental para que casos em aberto possam ser concluídos.