A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), deflagrou na última quinta-feira (3/10) a Operação Máquina Fantasma. A operação mira um esquema criminoso que envolveu o furto de equipamentos de uma fazenda de mineração de criptomoedas e a tentativa de ocultar o crime por meio de um falso registro de roubo.
Tudo começou com a dissolução de uma sociedade empresarial que administrava a fazenda de mineração. Durante a divisão dos equipamentos, dois funcionários da fazenda registraram um boletim de ocorrência alegando terem sido vítimas de um roubo. Segundo o relato, durante o transporte dos equipamentos, eles teriam sido abordados por criminosos armados que levaram todo o material.
No entanto, as investigações da Polícia Civil revelaram que a história apresentada pelos funcionários não passava de uma farsa. Após uma análise minuciosa de dados e depoimentos, os investigadores concluíram que os próprios funcionários, em conluio com um terceiro indivíduo, haviam furtado os equipamentos da fazenda ao longo de um período.
Para ocultar o crime, os envolvidos registraram um boletim de ocorrência falso, alegando terem sido vítimas de um roubo. A intenção era simular um crime violento e desviar as investigações da verdadeira autoria do furto.
Durante a Operação Máquina Fantasma, a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas regiões administrativas de Santa Maria e do Gama. Os investigadores apreenderam diversos materiais que serão utilizados para dar continuidade às investigações.
Além disso, o Poder Judiciário determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 500 mil de cada um dos investigados, visando a reparação dos danos causados à vítima.
Os três envolvidos no esquema criminoso responderão pelos crimes de comunicação falsa de crime, furto qualificado, lavagem de capitais e associação criminosa.
