A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afastou do serviço operacional o sargento Antônio Haroldo Camelo da Silva, flagrado em um vídeo agredindo uma mulher durante uma briga de trânsito em Taguatinga Sul. O caso também resultou na suspensão do porte de arma do militar.
Em nota, a PMDF classificou a agressão como um “ato covarde” e informou que a Corregedoria abriu um procedimento para apurar todos os detalhes do ocorrido. A corporação destacou ainda que repudia qualquer forma de violência, principalmente contra mulheres, e reafirmou o compromisso de combater a violência de gênero.
De acordo com imagens registradas por moradores, o sargento estacionou o carro na entrada da garagem de um prédio e começou a discutir com a mulher, que atravessava a rua. Ela chegou a se afastar, mas voltou e bateu no vidro traseiro do carro. Os dois se empurraram e a mulher, com o celular na mão, anotou a placa do veículo.
Mesmo com a mulher em frente ao carro, o sargento entrou na garagem, arrastando a vítima. Na sequência, ele saiu do carro e iniciou as agressões físicas, com chutes, empurrões e tapas. A mulher caiu no chão após levar uma rasteira. Moradores e funcionários do condomínio intervieram para conter a situação.
O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Assista:
Veja a nota da PMDF
“A Polícia Militar do Distrito Federal informa que o comando da corporação tomou conhecimento do vídeo na data de hoje. Esclarece que a Corregedoria da Corporação instaurou procedimento apuratório para elucidar todas as circunstâncias do caso, que será rigorosamente investigado.
As imagens do circuito de segurança, que mostram um ato covarde, já estão sob análise e integram os elementos considerados na apuração em andamento.
O militar foi imediatamente afastado do serviço operacional e teve o seu porte de arma suspenso.
A PMDF repudia todo tipo de violência, especialmente contra mulheres, considerando que o enfrentamento à violência de gênero é uma das prioridades da Corporação. Desde 2024, inclusive, todos os policiais militares do Distrito Federal estão passando por curso de capacitação sobre proteção integral e respeito às mulheres.
O caso está sendo tratado com a devida seriedade e será conduzido com absoluto respeito às garantias constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.”