Nesta sexta-feira (16/5), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR/DECOR), iniciou a Operação Mobilidade Clandestina. A ação tem como objetivo investigar possíveis crimes de concussão e corrupção passiva supostamente cometidos por um servidor público da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), de 59 anos, que atua como Auditor Fiscal de Transportes.
Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão: um na residência do investigado e outro na sala de atendimento que ele utilizava. Na casa do servidor, os policiais encontraram R$ 2 mil em um envelope, que podem ser indicativos de propina.
A operação recebeu o nome “Mobilidade Clandestina” por sua ligação com o funcionamento do sistema de transporte público. O servidor investigado, usando sua posição, teria exigido pagamentos mensais de forma repetida de permissionários que fazem parte de uma cooperativa de transporte alternativo que opera no Terminal Rodoviário de Sobradinho.
Os valores cobrados, segundo relatos, variavam de R$ 3 mil a R$ 6 mil por mês, sob a ameaça de fiscalizações excessivas ou de lacração indevida dos veículos.Os crimes em investigação preveem penas que, se somadas, podem ultrapassar 24 anos de prisão.