Ah, o 1º de abril… aquele dia em que ninguém acredita em ninguém, WhatsApp vira território minado e até o “tô grávida” merece três confirmações. Mas você já parou pra pensar: de onde saiu essa história de comemorar a mentira?
A culpa é do rei
Tudo começou lá na França do século XVI, quando a galera comemorava o Ano Novo entre os dias 25 de março e 1º de abril. Era uma farra! Só que em 1564, o rei Carlos IX teve a brilhante ideia de mudar a virada do ano para 1º de janeiro, com base no novo calendário gregoriano.
Até aí tudo bem. Mas naquela época, sem grupo no Zap, sem story no Insta e sem calendário do Google, nem todo mundo ficou sabendo. E o que aconteceu? A galera que continuava festejando em abril virou alvo de trollagem.
Trotes à moda antiga
As pessoas que aderiram ao “novo ano novo” começaram a tirar sarro dos desavisados. Mandavam convites para festas que não existiam, presentes bizarros ou mesmo notícias falsas, só pela zoeira. E assim nasceu o que os franceses chamaram de “Poisson d’Avril” — o Peixe de Abril, que nada mais é do que o nosso bom e velho Dia da Mentira.
E no Brasil? A zoeira chegou cedo
A brincadeira atravessou o Atlântico e chegou ao Brasil no século XIX. O primeiro registro oficial vem de 1828, com um jornal chamado (pasmem) “A Mentira”, lançado em Minas Gerais. A edição trazia notícias falsas de propósito, como uma sátira — e o povo achou o máximo.
Desde então, adotamos o 1º de abril como o dia oficial da trollagem liberada, dos trotes clássicos e da chance de passar aquele amigo desatento pra trás com estilo.