Para quem está em busca de um acompanhante de quatro patas, a Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses de Brasília tem 15 cães e sete gatos disponíveis para adoção, aguardando ansiosamente um lar com adotantes responsáveis.
Os animais disponibilizados para adoção não têm nenhuma doença. Os cães já realizaram exames para leishmaniose e foram vacinados contra a raiva, além de terem recebido tratamento contra possíveis parasitas, como pulgas e carrapatos. Os gatos também passaram por cuidados semelhantes.
A Zoonoses de Brasília conta com laboratórios para realizar vigilância de doenças, além de canil e gatil públicos. A unidade recebe, trata e disponibiliza os animais para adoção.
Quem deseja adotar um bichinho deve comparecer à Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), lote 4, Estrada do Contorno Bosque, Noroeste, ao lado do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). O horário de visitação é das 10h às 15h, de segunda a sexta-feira. É necessário apresentar documento de identificação com foto, ter acima de 18 anos e assinar um termo de responsabilidade se comprometendo a cuidar bem do animal.
Quem tiver interesse em castrar seu animal é só avisar na hora da adoção, pois existe uma parceria da Zoonoses com o Instituto Brasília Ambiental para agendar a castração gratuita.
Recolhimento de animais
Atualmente, os animais são recolhidos apenas com ordem judicial, após denúncias públicas. O médico veterinário e gerente de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Isaias Chianca, esclarece que o recolhimento dos bichinhos só ocorre em casos de animais com vínculo epidemiológico em alguma área ou com sinais clínicos evidentes e Diagnóstico Laboratorial de Zoonoses de importância em saúde pública.
“O objetivo da Zoonoses é saúde pública humana. Não temos o viés de ser abrigo de animais. Então não tem como a gente sair recolhendo animais atendendo ao objeto de saúde pública, seria um desvio de finalidade da Zoonose”, explica o gerente.
Segundo o veterinário, antigamente o destino de muitos animais era a eutanasia, que hoje é proibida. “A maioria das pessoas que denuncia o recolhimento de animais comuns não se preocupa com o destino do animal. Não temos como mantê los, a verba que nos sustenta é do SUS”, completa Isaias.
Os animais doentes são levados para a área de clínica veterinária, onde os exames são realizados. No caso de o animal ter atacado alguém ou outro bicho, ele fica em observação por dez dias e depois é redestinado. No local há um laboratório para diagnóstico da leishmaniose em cães e Laboratório de Animais Sinantrópicos e Silvestres, que recebe e identifica as espécies de animais hospedeiros de agentes causadores de febre amarela, hantavirose e da bactéria causadora da leptospirose.
“A importância do trabalho da Zoonose é atuar com todas as doenças, evitando focos de doença. Não podemos negligenciar essa convivência, essa proximidade dos cães e gatos com o ser humano. A adoção é importante do ponto de vista humanitário. Por que preferir comprar um cachorro, sendo que você tem animais ali em situação de abrigo, podendo retirá-lo e levá-lo para casa, oferecer carinho, afeto e acesso a um núcleo familiar”, acentua Chianca.