O céu da parte oriental do planeta foi palco de um dos fenômenos astronômicos mais aguardados do ano: o eclipse lunar total mais longo de 2025, que ocorreu neste domingo (07/09). O evento atingiu seu ápice às 15h (horário de Brasília) e teve duração de 80 minutos em sua fase total, marcando presença como o mais extenso eclipse lunar do ano.
Além da longa duração, o fenômeno chamou atenção por dar origem ao efeito conhecido como “Lua de Sangue”, quando o satélite natural da Terra adquire uma coloração avermelhada. Esse tom peculiar ocorre quando a Lua está completamente coberta pela sombra da Terra — durante a fase total do eclipse — e a luz solar, ao atravessar a atmosfera terrestre, sofre desvio: as tonalidades azul e violeta são dispersadas, enquanto os tons avermelhados conseguem passar com mais facilidade, criando a aparência marcante.
“A luz branca do Sol penetra na atmosfera e, ao ser filtrada, confere à Lua essa tonalidade avermelhada que tanto fascina. É um fenômeno físico e óptico absolutamente natural”, explicou a astrônoma Josina Nascimento, responsável pela Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência do Observatório Nacional.
O eclipse teve início por volta das 12h30, na fase penumbral — quando a Lua ainda recebe luz direta do Sol. Em seguida, passou para a fase parcial e atingiu a totalidade às 15h, momento de máxima escuridão e coloração avermelhada.
Apesar de toda a expectativa, o fenômeno não pôde ser observado diretamente do Brasil, já que, por aqui, a Lua só nasceu após o término do eclipse. No entanto, o evento foi transmitido ao vivo por canais especializados e pelo próprio Observatório Nacional, permitindo que brasileiros acompanhassem a beleza do espetáculo de forma remota.