Há 12 anos no poder, Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10) como presidente da Venezuela pela Assembleia Nacional (AN, parlamento), para um mandato que irá do período 2025 a 2031. A cerimônia aconteceu apesar de a oposição majoritária afirmar que Edmundo González Urrutia foi o vencedor das eleições de julho do ano passado.
“Juro pelo histórico, nobre e corajoso povo da Venezuela e perante esta Constituição que cumprirei todos os seus mandatos. Inauguro o novo período de paz, prosperidade e nova democracia” disse o presidente perante o presidente do Parlamento, o chavista Jorge Rodríguez.
Maduro, que fez o juramento em uma cópia original da Constituição assinada pelo falecido presidente Hugo Chávez e aprovada por referendo em dezembro de 1999, alegou que o “período de paz, prosperidade e nova democracia” havia começado.
O mandatário tomou posse em uma cerimônia que contou com a presença do procurador-geral, Tarek William Saab, da presidente da Suprema Corte de Justiça, Caryslia Rodríguez, do presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, e do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.
O líder chavista chegou à Assembleia Nacional acompanhado de sua esposa, Cilia Flores, e dos funcionários Delcy Rodríguez e Diosdado Cabello.
Maduro foi proclamado vencedor da eleição presidencial de 28 de julho pelo CNE, que não publicou os resultados desagregados, apesar do reiterado pedido da comunidade internacional.
Enquanto isso, a oposição majoritária da Venezuela, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), insiste que González Urrutia foi o vencedor das eleições e será empossado como presidente.
O campo antichavista afirma ter coletado 85% das atas eleitorais como prova da vitória de González Urrutia, que foram publicados em um site para consulta por testemunhas e membros das seções eleitorais na noite da eleição, atestando o triunfo de González Urrutia, documentos que o governo descreve como “falsos”.