Na manhã desta sexta-feira (2/9), a Polícia Federal da Argentina apreendeu ao menos 100 balas calibre 9 milímetros e um notebook na casa de Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, preso no dia anterior por tentar atirar contra a vice-presidente Cristina Kirchner, diante da casa dela, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.
A operação foi realizada no bairro de San Martín, na capital portenha. O material será periciado. Segundo o presidente Alberto Fernández, a arma que seria usada contra Cristina, uma Bersa 380 de fabricação argentina, tinha cinco balas, mas travou na hora do disparo.
“Cristina permanece com vida porque, por alguma razão, a arma que contava com 5 balas não disparou, apesar de ter sido engatilhada” afirmou Fernández durante um pronunciamento em rede nacional entre o fim da noite de quinta e a madrugada desta sexta.
A vice-presidente da Argentina foi alvo de uma tentativa de homicídio em frente à própria casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires, enquanto assinava livros de simpatizantes que se manifestavam em apoio a ela, diante de uma ação judicial que pede sua prisão e cassação de direitos políticos.
A Polícia Federal argentina prendeu Fernando André Sabag no local do crime. O documento do brasileiro obtido pelas autoridades mostra que ele nasceu em São Paulo, mas que não é filho de brasileiros e que vivia desde a década de 1990 no país vizinho, para onde se mudou aos seis anos. O homem já tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma e foi levado até uma base policial em Villa Lugano, bairro da zona sul da capital argentina.
Informações da polícia argentina, segundo a BBC e veículos de imprensa locais, apontam que Montiel possui tatuagens com símbolos nazistas.
A imprensa local também informou que ele se identificava em suas redes sociais como Fernando ‘Salim’ Montiel e era seguidor de grupos como ‘comunismo satânico’, entre outros ‘ligados ao radicalismo e ao ódio’, como definiu o portal do jornal La Nación, de Buenos Aires.
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