O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, afirmou que a Rússia lançará um ataque nuclear preventivo na Ucrânia se o governo ucraniano receber mais armas de países aliados. Ele disse que o Ocidente está subestimando seriamente o risco de uma guerra nuclear e que, no momento, as negociações entre Moscou e Kiev são impossíveis.
“Há leis inexoráveis na guerra. Se houver [o fornecimento à Ucrânia de] armas nucleares, um ataque preventivo terá de ser lançado”, declarou Medvedev, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (26/5) pela agência oficial russa TASS.
Ele acrescentou que os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) estão expandindo os tipos de armas enviados para a Ucrânia e que o governo de Kiev provavelmente receberá caças F-16 e armas nucleares. “Mas isso significa que mísseis com cargas nucleares cairão. Os ocidentais não percebem isso e acreditam que não chegará a isso”, alertou.
O vice-presidente do Conselho de Segurança russo também disse que as negociações com a Ucrânia são “impossíveis” enquanto Volodymyr Zelensky estiver no poder.
As declarações de Medvedev foram dadas após o presidente da Belarus, Alexander Lukashenko, ter anunciado, na quinta-feira (25), o início da transferência de armas nucleares táticas russas para o seu território.
O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, enfatizou que a transferência desses armamentos não significa que eles serão entregues ao país aliado. “A Rússia não está entregando armas nucleares à Belarus. O controle sobre essas armas e a decisão de usá-las permanece do lado russo”, disse Shoigu.