Trump afirma que sabia dos planos de Israel para atacar o Irã

Foto: Reprodução/Instagram

Nesta sexta-feira (13), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que estava a par de que Israel lançaria ataques contra o Irã antes que eles acontecessem, e ressaltou que o país islâmico “não pode ter uma bomba nuclear”.

“O Irã não pode ter uma bomba nuclear e esperamos voltar à mesa de negociação. Veremos”, disse o republicano.

Os comentários foram feitos depois que Israel atacou o Irã com uma série de incursões aéreas, atingindo quase 100 alvos, incluindo áreas nucleares e militares.

A imprensa estatal iraniana informou que o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o comandante do Estado-Maior, Mohamad Bagheri, morreram nos ataques.

Trump disse que foi informado sobre a operação de Israel antes de seu lançamento. Além disso, ele destacou que os “Estados Unidos estão prontos para se defender e defender Israel se o Irã adotar represálias”.

A emissora acrescentou que o governo Trump entrou em contato com pelo menos um aliado-chave no Oriente Médio para confirmar que o ataque aconteceria, mas reiterou que os Estados Unidos não estavam envolvidos.

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que os Estados Unidos não estão envolvidos nos ataques de Israel ao Irã. “Esta noite, Israel tomou uma ação unilateral contra o Irã. Não estamos envolvidos nos ataques contra o Irã e nossa prioridade máxima é proteger as forças americanas na região”, disse Rubio em um comunicado.

Rubio disse que Israel havia “nos informado que acredita que esta ação era necessária para sua auto-defesa. O Presidente Trump e o governo tomaram todas as medidas necessárias para proteger nossas forças e permanecem em contato próximo com nossos parceiros regionais. Sejamos claros: o Irã não deve visar interesses ou pessoal dos EUA.”

Ataque de Israel matou dois dos principais líderes militares do Irã 

O Irã confirmou que o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, morreu em um ataque de Israel lançado contra o país na madrugada desta sexta-feira (13). Salami era uma das figuras mais poderosas do setor militar iraniano. A morte dele pode representar uma escalada no conflito entre Israel e o Irã.

A Guarda Revolucionária do Irã é o braço mais poderoso do Exército do país e foi fundada após a Revolução de Islâmica de 1979, que levou ao poder o atual regime teocrático. Atualmente, tropas da guarda protegem os líderes do governo e são responsáveis por alimentar os braços armados de parceiros regionais do regime, como os houthis no Iêmen e o Hezbollah no Líbano, além de fiscalizar a população iraniana.

Além de Salami, a imprensa iraniana noticiou ainda a morte do major-general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e o segundo mais alto oficial militar do país. O general Gholamali Rashid, vice-comandante das Forças Armadas, também foi morto. Ainda segundo a imprensa iraniana, pelo menos seis cientistas nucleares morreram no ataque.

– Abdolhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Amirhossein Feqhi, Motalleblizadeh, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi foram os cientistas nucleares martirizados – informou a agência de notícias Tasnim.

Na madrugada desta sexta, Israel bombardeou diversos alvos no Irã, no que chamou de “ataques preventivos” em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio. O governo israelense alertou sua população para o risco iminente de uma retaliação com “mísseis e drones” vindos do território iraniano.

Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o alvo da operação intitulada “Leão Ascendente” é o programa nuclear do Irã, em uma “operação militar direcionada para reverter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel.”

– Estamos em um momento decisivo na história de Israel – declarou Netanyahu.

Ele afirmou ainda que os ataques continuarão “por quantos dias forem necessários”, com o objetivo de conter o que chamou de “ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel”.

O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou estado de emergência e determinou o fechamento do espaço aéreo israelense, como medida de precaução diante de possíveis retaliações.

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