Na manhã de domingo (14/12), um ataque armado durante uma celebração de Hanucá em Bondi Beach, em Sydney, transformou um dos cartões-postais da Austrália em cenário de massacre, com dezenas de mortos e feridos.
De acordo com as autoridades australianas, dois homens, pai e filho, abriram fogo contra o público que participava do evento judaico em uma área próxima à orla. Pelo menos 15 pessoas morreram, entre elas um dos atiradores, e mais de 40 ficaram feridas, com vítimas que vão de crianças a idosos. O segundo suspeito foi baleado, está internado em estado grave e não há indicação, até agora, de participação de outros envolvidos.
A celebração, conhecida como “Chanukah by the Sea”, reunia centenas de pessoas quando começaram os disparos. Em poucos instantes, o clima de confraternização foi substituído por correria, gritos e buscas por abrigo em comércios, carros e estruturas próximas à praia. Registros em vídeo mostram o pânico generalizado e a presença de armamento de grosso calibre entre os atiradores.
Testemunhas relataram gestos de coragem em meio à violência. Um homem que estava no local conseguiu avançar sobre um dos suspeitos, mesmo depois de ser atingido por tiros, ajudando a interromper a sequência de disparos e evitando um número ainda maior de vítimas. Equipes de emergência se espalharam pela região, isolaram a área e iniciaram o atendimento às pessoas feridas, que foram encaminhadas a hospitais de Sydney.
Assista:
As autoridades classificaram o episódio como um ataque terrorista com motivação antissemita. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, descreveu o ato como “puro mal” e lideranças políticas e religiosas, dentro e fora do país, manifestaram solidariedade à comunidade judaica e às famílias das vítimas. O caso é apontado como o pior episódio de violência armada em quase três décadas no país, reacendendo o debate sobre segurança e discurso de ódio.
Governo brasileiro repudia
O Governo federal divulgou nota de repúdio ao ataque terrorista que aconteceu numa praia da Austrália neste domingo (14/12) durante uma celebração judaica. 16 pessoas morreram e 29 ficaram feridas.
“O Governo brasileiro expressa solidariedade às famílias das vítimas, às pessoas feridas e a todos os demais afetados, bem como ao povo e ao Governo australianos”.
Na nota, o governo reafirma “seu enérgico repúdio a todo ato de terrorismo e a quaisquer manifestações de antissemitismo, ódio e intolerância religiosa”.













