Instituto VEM Viver, de Santa Maria, é refúgio para famílias de crianças autistas e de baixa renda: atendimento é gratuito e voluntário

Em uma casa simples no conjunto L da Quadra 213 de Santa Maria (DF), um trabalho silencioso tem transformado a vida de dezenas de famílias. O Instituto VEM Viver, coordenado por Dilma Luzia desde 2021, funciona com a dedicação de apenas 10 voluntários — entre psicólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicanalistas e terapeutas especializados em autismo — para atender gratuitamente cerca de 80 crianças com transtornos do neurodesenvolvimento, como TEA (Transtorno do Espectro Autista), T21 (síndrome de Down) e TDAH.

“Eles não têm aonde recorrer”, explica Ilma Luzia. “O nosso trabalho é com o coração, mas já ultrapassamos os nossos limites de estrutura e de pessoal”. A instituição não conta com repasses públicos. Sobrevive de doações e da força de vontade de seus colaboradores. O espaço, alugado, é mantido com dificuldade. “Pagamos aluguel, contas, e ainda precisamos de materiais e manutenção”, desabafa.

“Eles não têm aonde recorrer”, explica Ilma Luzia. “O nosso trabalho é com o coração, mas já ultrapassamos os nossos limites de estrutura e de pessoal”. A instituição não conta com repasses públicos. Sobrevive de doações e da força de vontade de seus colaboradores. O espaço, alugado, é mantido com dificuldade. “Pagamos aluguel, contas, e ainda precisamos de materiais e manutenção”, desabafa.

O Instituto oferece até três sessões semanais de 30 minutos para cada criança. Mesmo assim, a fila de espera cresce. “Infelizmente não conseguimos atender mais do que isso. As famílias vêm porque não têm outra alternativa. Elas esperam aqui mesmo, com paciência e fé”, relata a coordenadora.

Mais do que acolher crianças atípicas, o VEM Viver também se dedica ao apoio às mães. “A maioria é de mães solo. Os pais, muitas vezes, abandonam. Essas mulheres são verdadeiras guerreiras”, conta Luzia, que promove terapias específicas para as mães, como psicanálise, hipnoterapia e grupos de apoio.

Everton Torreal, voluntário do Instituto, reforça a importância de cuidar também das famílias. “É impossível ter um filho autista e não ser afetado. A ansiedade, a depressão, a angústia do diagnóstico… tudo isso recai sobre os pais, principalmente as mães”, diz. Segundo ele, o sofrimento emocional das famílias é tão evidente quanto o das crianças: “Às vezes elas só melhoram quando veem a evolução do filho”.

O apelo de Luzia é direto às autoridades e à população: “Se alguém puder nos ajudar — com doações financeiras, tempo ou conhecimento — será muito bem-vindo. Precisamos de mais profissionais, precisamos de ajuda para manter o local. Somos poucos para uma demanda imensa”.

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