O motorista responsável por atropelar 14 capivaras em uma via da QL 32 do Lago Sul, na madrugada da última quinta-feira (10), afirmou em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que “não viu” os animais na pista. Dos 14 animais, 12 morreram. O caso está sendo investigado como crime ambiental.
De acordo com Laercio Rossetto, delegado da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), as imagens de uma câmera que registraram o atropelamento não confirmam a versão do condutor. A PCDF conseguiu a gravação, que foi fundamental para identificar o carro e seu motorista.
O homem foi à 10ª Delegacia de Polícia, no Lago Sul, prestou depoimento, assinou o termo circunstanciado e foi liberado. A polícia afirmou que aguarda o laudo pericial para encaminhar o caso à Justiça.
Dois filhotes conseguiram sobreviver. Eles foram encontrados na região do atropelamento e levados para o Hospital e Centro de Reabilitação da Fauna Silvestre do Distrito Federal (Hfaus), em Taguatinga. Ambos apresentavam escoriações e sinais de impacto pelo corpo.
Segundo os veterinários do Hfaus, os animais chegaram ao hospital com sintomas de desidratação, queda de temperatura e baixa pressão. Embora estejam estáveis, ainda não estão totalmente fora de risco. A segunda capivara resgatada, apesar de estar em melhores condições, apresentou sangramento no ouvido. Ambas passaram por exames de ultrassonografia para verificar possíveis lesões internas.
O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) do Distrito Federal atendeu à ocorrência após receber a denúncia. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reforça a importância da condução responsável em áreas de preservação ambiental e pede atenção redobrada em vias próximas ao Lago Paranoá, especialmente à noite ou em condições de baixa visibilidade.
