Por muitos anos, Marconi Perillo foi um dos nomes mais fortes da política goiana. Ocupou cargos importantes e moldou o cenário local. Mas o tempo passou, e hoje o quadro é outro. Pesquisas recentes mostram Daniel Vilela, vice-governador e sucessor natural de Ronaldo Caiado, à frente na corrida para 2026.
A diferença não está apenas nos números, mas na forma como cada um chega a este momento: Vilela associado à continuidade de uma gestão bem avaliada; Perillo tentando se explicar diante de episódios que ainda pesam sobre sua trajetória.
A gestão de Caiado e Vilela vem acumulando resultados que dialogam com a vida real da população. Goiás foi premiado nacionalmente pelo Ministério da Educação como referência no ensino médio, por meio de programas como o AlfaMais Goiás, que fortaleceu a cooperação com todos os municípios. Na habitação, foram entregues casas, escrituras e cartões do Aluguel Social em cidades do Entorno, reduzindo o déficit histórico.
Na segurança pública, Goiás registrou a maior redução de homicídios da região Centro-Oeste em 2024 (–11,35%), alcançando a 4ª menor taxa de homicídios do Brasil, além de quedas expressivas em crimes patrimoniais e dois anos consecutivos sem ataques a instituições financeiras. Na economia, o estado teve o 3º maior crescimento do país de janeiro a maio de 2025, superando a média nacional.
São políticas concretas, visíveis, que explicam o fôlego eleitoral de Vilela e a aprovação de 88% da gestão Caiado–Vilela.
Segundo pesquisa Genial/Quaest, Daniel Vilela lidera com 26% das intenções de voto. Outro dado reforça a tendência: 73% dos eleitores querem que Ronaldo Caiado indique o sucessor. Esse é o maior patrimônio político de Vilela — a preferência popular pela continuidade de uma administração bem avaliada.
Já Marconi Perillo, por outro lado, enfrenta dificuldades para reposicionar sua imagem. Ao longo de sua carreira política, seu nome foi citado em diferentes investigações, como a Operação Perseu (2004/2010), a Operação Cash Delivery (2018/2019) e a Operação Panaceia (2025). Em todas essas ocasiões, surgiram acusações de irregularidades administrativas ou de recebimento de vantagens indevidas.
Perillo nega todas as acusações. Ainda assim, o simples fato de responder a investigações coloca o ex-governador em uma posição delicada, especialmente diante de um eleitorado que, valoriza estabilidade e transparência.
A disputa em Goiás parece simbolizar dois caminhos. De um lado, a continuidade de um projeto de governo que coleciona prêmios, índices positivos e reconhecimento nacional. De outro, uma candidatura que carrega o fardo de acusações ainda em debate judicial.
Daniel Vilela cresce porque a população enxerga nele a chance de manter políticas públicas que já deram resultados. Marconi Perillo tenta retornar, mas o peso do passado o coloca na “defensiva”.
Em política, a confiança é o maior capital. E, neste momento, a confiança parece pender para quem entrega no presente, não para quem tenta se desvencilhar do passado.