Uma operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (08/10) e resultou na prisão de 12 pessoas suspeitas de integrar um grupo responsável por pichações em prédios públicos, monumentos e obras recém-construídas em diferentes regiões de Brasília. As ações ocorreram simultaneamente no Distrito Federal e em cidades do Entorno, após meses de investigação.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 3ª Delegacia de Polícia do Cruzeiro, conduziu a operação com base em mandados de prisão temporária e de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal de Brasília, com parecer favorável do Ministério Público. No total, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 10 de busca, visando interromper a atuação do grupo organizado.
De acordo com as investigações, os envolvidos atuavam de forma estruturada, utilizando aplicativos de mensagens para planejar ações, definir codinomes e combinar estratégias de fuga e distração durante as pichações. As perícias técnicas realizadas em diversos pontos da cidade confirmaram a ligação entre os grafismos e a identidade dos suspeitos, incluindo pichações registradas ainda em setembro de 2025.
Segundo o delegado-chefe da 3ª DP, Victor Dan, o caso não se trata de simples atos isolados de vandalismo. As provas indicam ações organizadas, direcionadas contra bens públicos e de valor histórico, impactando diretamente a ordem pública e a imagem da cidade.
Durante as buscas, foram apreendidos celulares, tintas, sprays, anotações e registros digitais, que devem ajudar a identificar outros integrantes e possíveis líderes. A Justiça destacou que o grupo agia de forma contínua e coordenada, o que caracteriza crime permanente.
Os investigados podem responder por associação criminosa (artigo 288) e atentado contra serviço de utilidade pública (artigo 265) do Código Penal, ambos com penas superiores a quatro anos de reclusão.






