Um homem de 25 anos foi preso nesta terça-feira (07/10) após uma série de ameaças de morte e perseguições contra sua ex-companheira, em um grave contexto de violência doméstica e familiar. O caso, que se estendia há meses, mobilizou forças policiais em dois estados e terminou com a prisão preventiva do acusado.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 29ª Delegacia de Polícia do Riacho Fundo, em cooperação com a Polícia Civil do Maranhão (PCMA), deflagrou a Operação Guardiã, que resultou na detenção do suspeito. A ação foi amparada por decisão judicial que reconheceu risco real e iminente de feminicídio, decretando a prisão preventiva do agressor.
De acordo com a investigação, o homem manteve relacionamento com a vítima por cerca de oito anos, período marcado por agressões físicas, psicológicas e patrimoniais. Mesmo após o término e a concessão de medidas protetivas de urgência, ele continuou a persegui-la e ameaçá-la, chegando a rondar sua residência armado com um facão, atirar pedras e gritar que “mataria toda a família”, dizendo frases como “ninguém mais terá ela” e “vamos todos para o inferno”.
O terror se estendia também aos familiares da vítima. Segundo relatos, o agressor chegou a mantê-la em cárcere privado, ameaçou o pai e usava os filhos do casal para pressionar que ela retornasse ao Maranhão, desrespeitando as determinações judiciais. Em uma ocasião, ele exibiu uma arma de fogo durante uma festa, empurrou a vítima em público e provocou pânico entre os presentes.
As mensagens trocadas pelo acusado reforçaram o caráter obsessivo e violento de seu comportamento. O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Riacho Fundo destacou que as medidas protetivas anteriores foram ineficazes e que a prisão era necessária para preservar a vida da vítima e de seus familiares.
Com a prisão do homem, as polícias do DF e do Maranhão conseguiram interromper a escalada de violência, garantindo segurança à mulher e seus parentes e evitando um possível feminicídio. O agressor foi encaminhado à delegacia e segue à disposição da Justiça.
