O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva de Alan Diego dos Santos Rodrigues, acusado de envolvimento na tentativa de atentado a bomba nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal de 2022. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (8/10).
Moraes acatou o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que defendeu a manutenção da prisão. Segundo o ministro, há “indícios suficientes que apontam para a participação efetiva do denunciado na inserção de artefato explosivo em caminhão-tanque localizado nas imediações do aeroporto”.
Alan estava em regime aberto desde julho de 2023, por decisão da Justiça do Distrito Federal, mas voltou a ser preso em junho deste ano, após parte do processo sobre o caso ser encaminhada ao STF. Moraes é o relator da ação na Corte.
O caso
De acordo com as investigações, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais, Alan Diego, George Washington de Oliveira Souza e Wellington Macedo de Souza teriam planejado um atentado com o objetivo de gerar “comoção social” e provocar uma intervenção militar que impediria a posse de Lula.
Segundo a denúncia, George obteve emulsões explosivas oriundas do Pará e, após pesquisar na internet como montar o artefato, preparou a bomba e a entregou a Alan, que ficou responsável por colocá-la em um caminhão-tanque estacionado próximo ao aeroporto.
Equipes da Polícia Militar (PMDF), Corpo de Bombeiros (CBMDF), Polícia Federal (PF) e Polícia Civil (PCDF) foram acionadas. O esquadrão antibomba da PMDF foi chamado por volta das 8h e conseguiu desativar o explosivo às 13h20 do dia 24 de dezembro de 2022.






