Nessa quarta-feira (19/10), o açougueiro Wanderson Cleiton Rodrigues de Almeida, de 25 anos, preso em 2020 por esquartejar e guardar em um freezer o corpo da namorada, em janeiro do mesmo ano, no bairro Parque Águas Bonitas, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF, foi a júri popular no Tribunal do Júri de Águas Lindas.
De acordo com a sentença proferida, ele foi considerado culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado: motivo fútil, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Wanderson foi sentenciado a 23 anos e 6 meses de prisão em regime fechado e multa, pelos crimes de homicídio doloso qualificado consumado e ocultação e destruição de cadáver sem direito de recorrer em liberdade.
A defesa do acusado chegou a alegar que Wanderson teria agido em legítima defesa, porém a alegação não foi acatada pelo júri que considerou a conduta do açougueiro perversa e repleta de insensibilidade moral.
A vítima Ketley Estefany Silva Nascimento, que tinha 17 anos à época, foi morta com 11 estocadas pelo então namorado. Wanderson matou a jovem com uma faca e esquartejou o corpo desmembrando a cabeça, o tronco, os braços e as pernas da vítima. Em seguida, o assassino guardou os membros em um freezer na própria residência.
Em seguida, ele fugiu para sua cidade de origem no Ceará. O pai de Wanderson soube que o filho poderia ter cometido um assassinato e denunciou à polícia. O açougueiro foi encontrado no dia 21 de janeiro em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.
Após a prisão, Wanderson confessou o crime, que teria sido motivado por ciúmes. Em depoimento à polícia, ele afirmou que não gostou de ver mensagens trocadas com outro homem no celular dela. Na época do crime ele trabalhava com a venda de espetinhos e escondeu os membros de Ketley em um freezer junto com os alimentos que utilizava no comércio.
