Nesse sábado (8/7), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Daniel Moraes Bittar, 42 anos, e a comparsa dele, Gesiely de Sousa Vieira, 23, pelos crimes de cárcere privado; dano; ameaça; registro e compartilhamento de cena de sexo com criança; e estupro de vulnerável, após o casal sequestrar uma menina de 12 anos.
Em 28 de junho, a criança sequestrada pela dupla no Jardim Ingá, no Entorno do DF, foi levada para o apartamento de Daniel, na Asa Norte, dentro de uma mala, e encontrada por policiais em uma cama, com os pés presos por algemas.
Agora, cabe à Justiça do Distrito Federal aceitar — total ou parcialmente — ou rejeitar a denúncia do MPDFT. Daniel está preso desde o dia do crime. Gesiely foi detida em 29 de junho, apontada pela polícia como comparsa.
O MPDFT não divulgou mais informações sobre a denúncia, em razão do sigilo para processos que envolvem menores de 18 anos.
Vítima
A criança de 12 anos foi resgatada na noite dessa quarta-feira (28/6). De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a criança estava saindo da escola, por volta das 12h30, no Jardim Ingá (GO), quando foi abordada por Daniel em um Ford EcoSport de cor preta. A menina contou que o homem usou uma faca para rendê-la. Em seguida, uma mulher colocou um pano com clorofórmio para dopá-la. Ela foi colocada dentro de uma mala. Quando acordou, já estava na casa do agressor.
No tempo em que passou com a vítima, Daniel teria chegado a chamá-la de “escrava sexual” e a filmado acariciando os órgãos genitais dele.
Os militares encontraram no apartamento máquinas de choque, câmeras fotográficas, objetos sexuais e materiais pornográficos. A polícia suspeita que ele filmou o estupro. Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.
Daniel trabalha como analista de TI em um banco do DF e já teria publicado nas redes sociais postagens contra pedofilia. “Pintou um clima? Não. Pedofilia é crime”, diz o post.
Os policiais encontraram também uma estufa para produção de maconha e um galão com clorofórmio.