O preço do gás de cozinha (GLP) no Distrito Federal sofreu um reajuste nesta terça-feira (6), podendo encarecer o botijão em até R$ 10 na capital. A informação foi divulgada pelo Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindvargas-DF), que aponta uma variação no impacto do aumento dependendo da região administrativa.
De acordo com o sindicato, este é o terceiro aumento anunciado pelas distribuidoras e engarrafadoras somente em 2025. A justificativa apresentada pelas empresas é a “nova política comercial da Petrobras, baseada em leilões mensais para parte do volume ofertado”.
Em entrevista, o presidente do Sindvargas-DF, Sérgio Costa, explicou que os aumentos anteriores não haviam sido repassados ao consumidor até o momento. No entanto, a situação mudou com este novo reajuste.
“Esses três reajustes [de 2025] somam, em média, 6,4%, sem contar o dissídio coletivo de nossos colaboradores, que foi de 7,8% e impacta diretamente nos custos operacionais de nossas revendas. Então, fizemos uma variação [das estimativas de preços], que pode passar dos 10%, a depender da região administrativa”, destacou Costa.
Apesar do repasse, Sérgio Costa questionou a justificativa das distribuidoras, lembrando que, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o volume de GLP leiloado representa “uma parcela ínfima, o que torna injustificável a transferência de custos tão severos ao mercado”.
O presidente do sindicato expressou grande preocupação com a mudança repentina na política energética da Petrobras e a falta de informações precisas sobre os leilões. “Enviamos ofício ao Ministério Público para cobrar mais transparência, porque cada uma delas tem dado um reajuste conforme a própria análise de custos”, comentou.