A Polícia Civil de Goiás participou, nesta semana, de uma operação coordenada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul que desmontou uma organização criminosa dedicada à venda ilegal de medicamentos abortivos na internet. A ação ocorreu simultaneamente em 10 estados.
De acordo com as equipes responsáveis, as mulheres ligadas ao esquema não apenas forneciam os remédios proibidos, como também ofereciam orientações e apoio técnico às compradoras para realizar o aborto. Em Valparaíso de Goiás, no Entorno do DF, uma suspeita foi encontrada com comprimidos de origem desconhecida. Ela confessou envolvimento no grupo e acabou presa em flagrante.
Ao longo da operação, foram cumpridos mais de 10 mandados de busca e apreensão em diferentes regiões do país, além de prisões de investigados apontados como parte direta da estrutura criminosa. Medicamentos proibidos também foram recolhidos durante as diligências.
Origem da investigação
A investigação, batizada de Operação Aurora, começou no Rio Grande do Sul. O caso veio à tona após uma moradora de Guaíba procurar atendimento médico com fortes dores. No hospital, ela relatou ter ingerido misoprostol comprado pela internet. A paciente expeliu dois fetos e contou que, além do medicamento, contratou acompanhamento “on-line” de uma suposta profissional.
Segundo a Polícia Civil gaúcha, durante o procedimento a orientadora passou a demorar para responder às mensagens, deixando a gestante sem assistência, mesmo diante do agravamento do quadro.
As apurações levaram à identificação de integrantes do grupo em vários estados, entre eles Paraíba, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal.











