Cola em muro causa morte de mais de 50 aves silvestres em Vicente Pires

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de crueldade contra a fauna silvestre ocorrido em um condomínio residencial em Vicente Pires. Mais de 50 aves, entre rolinhas e sabiás, foram encontradas mortas, presas a uma substância adesiva aplicada sobre os muros do local.

A suspeita é de que os animais tenham ficado grudados nas paredes e não conseguiram se livrar do produto aplicado.

A substância adesiva teria sido colocada por uma empresa de dedetização contratada por um dos moradores, segundo denúncia levada à Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA).

Moradores relataram que, ao perceberem o que ocorria, tentaram intervir para salvar algumas aves, usando farinha ou aparando asas para facilitar a remoção da cola. Em um dos muros, foram localizados ao menos cinco aves já mortas. As que sobreviveram foram encaminhadas ao Hospital da Fauna Silvestre (HFAUS) para tratamento e possível reabilitação.

O caso foi registrado por uma advogada defensor a da causa animal, que encaminhou vídeos, fotos e imagens para a PCDF. Um inquérito foi instaurado para apurar quem aplicou a cola, quem pediu o serviço e quais responsabilidades serão atribuídas.

A prática configura crime ambiental e maus-tratos a animais silvestres, com penas previstas em lei para quem praticar ou ordenar atos que causem dor, sofrimento ou morte a espécies protegidas.

Além da repercussão local, o episódio chama atenção para a vulnerabilidade dos ecossistemas urbanos e para a importância de medidas de proteção à fauna.

A aplicação de substâncias químicas sem controle pode trazer riscos não só às aves, mas também ao meio ambiente em geral. Nesta situação, moradores e testemunhas serão ouvidos e a perícia realizará análises da cola e dos corpos das aves para esclarecer como o crime ocorreu.

As autoridades ambientais e de proteção animal reforçam que denúncias podem ser feitas por meio dos canais da PCDF, como o Disque 197 (opção 0), WhatsApp (61) 98626-1197 e e-mail [email protected]. É fundamental que casos de maus-tratos sejam comunicados para que medidas sejam tomadas e que exemplos como esse não se repitam.

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