O Plano Diretor de Transporte Urbano do DF (PDTU) será atualizado. A autorização para que esse trabalho seja feito foi dada nesta terça-feira (9) pela vice-governadora Celina Leão. Com o novo PDTU, o Governo do Distrito Federal (GDF) busca atender as necessidades da população em relação ao transporte público e a mobilidade da capital como um todo.
Esse processo será executado pelo Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com previsão de conclusão para julho de 2025. O investimento é de R$ 7,8 milhões.
O PDTU é um instrumento de planejamento que define as diretrizes e estratégias para a gestão dos transportes urbanos e proposta de gestão compartilhada com os municípios do Entorno. Com essa configuração, é essencial que seja bem trabalhado e atenda as demandas da população.
Durante o processo, que tem início em maio, serão feitas pesquisas qualitativas e quantitativas em cerca de 10 mil domicílios, avaliando a satisfação dos usuários com o transporte coletivo. Para o estudo, a população do DF é estimada em 3,1 milhões de habitantes. Também serão ouvidos moradores de 13 municípios do Entorno.
Ao comentar a atualização do PDTU, Celina Leão lembrou que o GDF tem feito as obras viárias previstas no último Plano Diretor e reforçou que a capital cresceu, se tornou uma grande metrópole e deixou de ser apenas uma cidade administrativa. Além disso, ela pontuou que quem usa o transporte público deve ser o ponto central da pesquisa.
“O usuário tem muito para falar, e a gente precisa ouvi-lo”, afirmou a vice-governadora. “Precisamos entender onde precisamos melhorar. Esse é um grande passo que damos hoje com esse mapeamento e essa pesquisa.”
Avaliações
De acordo com o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, as informações vão ajudar a entender padrões de deslocamentos e como a população se comporta. “A capital hoje não é a mesma de dez anos atrás”, pontuou. “O PDTU em vigor precisava ser atualizado, e tivemos um atraso por conta da pandemia. Precisamos pensar o futuro e saber como as pessoas se movimentam hoje, como o transporte é impactado”.
A apresentação do LabTrans mostrou que o DF tinha, em 2010, uma frota de 1.245.521 veículos, número que passou para 2.2021.627 em 2022, representando um aumento de 62%. Já a população aumentou de 2.570.160 habitantes para 2.817.381 em igual período.
O acordo com a empresa se deu por meio de um convênio tripartite entre a Semob, a UFSC e a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese).